Por Jibran Ahmad
PESHAWAR, Paquistão, 10 Out (Reuters) - Médicos
paquistaneses retiraram na quarta-feira uma bala alojada no corpo de uma menina
de 14 anos que foi atacada pelo Taliban por se manifestar contra a militância
islâmica e promover a educação para moças.
Malala Yousufzai continua em estado crítico depois de ser
baleada na cabeça e no pescoço quando saía da escola, na terça-feira. Duas
outras meninas também ficaram feridas.
Yousufzai começou sua campanha contra o Taliban paquistanês
aos 11 anos, época em que o governo paquistanês na prática havia cedido aos
militantes o controle sobre o vale do Swat, onde ela vive.
Sua coragem fez dela uma heroína nacional, e muitos
paquistaneses ficaram em choque com o atentado que ela sofreu.
O general Ashfaq Kayani, chefe do poderoso Exército
paquistanês, a visitou no hospital e condenou o atentado. "Os covardes que atacaram Malala e suas colegas
demonstram repetidamente como têm pouco respeito pela vida humana e como podem
ser baixos em sua cruel ambição de impor sua distorcida ideologia", disse
Kayani em nota.
Em nota, os militares disseram ter uma só mensagem aos
militantes, enfatizada pelo uso de letras maiúsculas: "NÓS NOS RECUSAMOS A
CEDER DIANTE DO TERROR".
Médicos disseram que precisaram iniciar a operação no meio
da noite porque Yousufzai estava tendo um inchaço no lado esquerdo do cérebro.
A bala foi retirada de perto da coluna vertebral numa cirurgia que durou três
horas, e terminou por volta de 5h (21h de terça-feira em Brasília).
Fonte: Reuters
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