Por Aldir Guedes Soriano
Liberdade religiosa é direito fundamental da pessoa humana, assegurado nas constituições dos Estados democráticos e nos mais relevantes tratados internacionais de direitos humanos. Como observa Ruy Barbosa, essa liberdade pública é inata (congenial) ao homem, pacífica, civilizadora e filha do evangelho. Trata-se também de princípio democrático e liberal, que deveria ser assegurado em toda parte, tanto no ocidente quanto no oriente.
Ruy Barbosa já dizia que existem inimigos profissionais da liberdade. Hoje, o fanatismo, a intolerância e as ideologias extremistas continuam a ameaçar a liberdade de religião. O modelo teocrático revelou, ao longo da história, todo seu antagonismo em relação à liberdade humana. Já o modelo materialista e ateu, aliado ao poder político, superou o modelo teocrático em opressão, em violência, em torturas, em disseminar o medo e, principalmente, em genocídios. Tanto um quanto o outro são inimigos da liberdade. Não se conformando com a dissidência, os dois modelos reivindicam o poder civil para punir drasticamente os seus hereges. Ambos atacam a autonomia da consciência individual. Atualmente, existem países teocráticos em que a infidelidade à religião é punida como crime de lesa-majestade. Existem também países materialistas e ateus. Ambos são hostis à liberdade religiosa.
A defesa da liberdade religiosa está ligada à defesa do liberalismo político e da autonomia da consciência individual.
Por isso, pergunto: Quem está disposto a vestir a camisa da liberdade religiosa? Quem está disposto a defender esse princípio democrático e liberal?
Esse princípio preconiza apenas a autonomia da liberdade individual: a liberdade que cada cidadão deve exercer para viver de acordo com a sua consciência, seja ela religiosa ou não.
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