sexta-feira, outubro 19, 2007

Monumento dedicado a adventistas mortos durante o regime stalinista


"O líder adventista Victor Vitko fala em 7 de outubro durante a dedicação de um monumento a 140 adventistas executados durante o regime de Josef Stalin no final dos anos 30. Mais de 100 pessoas estiveram reunidas para a cerimônia no Cemitério Levashovsky, em São Petersburgo, Rússia. [Foto de cortesia da ESD]
Adventistas do sétimo dia e membros da comunidade de São Petersburgo, Rússia, dedicaram um monumento em 7 de outubro a adventistas mortos durante a grande repressão política, conhecida como Grande Expurgo, sob o líder da ex-União Soviética, Josef Stalin, no final dos anos 30.
Cerca de 100 pessoas, inclusive um representante do prefeito, reuniram-se para o memorial no Cemitério Levashovsky, segundo Viktor Vitko, o diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a Divisão Euro-Ásia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sede em Moscou.
Vitko declarou que dados recém divulgados revelaram que cerca de 40.000 pessoas foram secretamente executadas em São Petersburgo entre 1937 e 1938. Cinco das 140 vítimas adventistas agora foram identificadas.
O cemitério permaneceu inacessível pelo Comitê de Segurança do Estado (KGB) até 1989, explicou Vitko.
"Creio que ser da mais elevada importância ter esse tipo de símbolo agora na Rússia", declarou Michael M. Kulakov Jr., um professor associado de Ciência Política e Filosofia no Columbia Union College, nas proximidades de Washington D.C., em entrevista telefônica. "É fundamental nos lembrarmos do preço que milhões de nossos compatriotas pagaram pela liberdade de pensamento e expressão".
Kulakov declarou que o monumento há muito estava faltando. "Mas antes de 1992 não havia possibilidade de que os adventistas ou quaisquer outros grupos religiosos edificassem um monumento em público, muito menos que obtivessem uma tal permissão", declarou Kulakov.
O pai de Kulakov, Michael P. Kulakov, certa vez banido para a Sibéria, foi um dos muitos adventistas que secretamente prosseguiram o trabalho da Igreja Adventista na Rússia durante o regime comunista. O Kulakov mais jovem recorda-se de ter encontrado compartimentos secretos quando criança na casa de seu pai no Cazaquistão, um até escondendo uma edição do guia de estudo bíblico adventista. Em 1990 o Kulakov mais velho tornou-se o primeiro presidente da recém-formada Divisão Euro-Ásia, com base em Moscou.
O novo monumento em Levashovsky é significativo, disse Kulakov, porque muitos russos mais novos estão bastante distanciados do passado comunista do país. "Eles não têm conhecimento experimental do grau de repressão e sofrimento que a ditadura de Stalin trouxe à Rússia", declarou ele.
Há agora 45.000 adventistas que cultuam a Deus em aproximadamente 600 igrejas na Rússia."

Fonte: Adventist News Network

Para saber mais sobre a história Russa:
Viste o site história da Rússia.

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