sexta-feira, agosto 14, 2015

MAGNA CARTA E O LEGADO DA LIBERDADE (artigo publicado na Revista Jurídica Consulex, Julho 2015)

MAGNA CARTA E O LEGADO DA LIBERDADE
Aldir Guedes Soriano



No momento em que o Reino Unido comemora os 800 anos da célebre Magna Carta, é importante refletir sobre o seu significado, espírito e alcance. A relevância desse documento não está restrita aos países anglo-saxões ou de língua inglesa, uma vez que os seus princípios são universalmente válidos e verdadeiramente civilizadores. Em última análise, o que está em jogo é a liberdade. A comemoração do advento da Magna Carta é oportuna e traz à tona questão atual e urgente: a limitação do poder político em face da liberdade individual.
Durante a Era Medieval, reinou na Inglaterra um dos piores reis da história. O Rei João cobrava impostos em demasia e prendia arbitrariamente os seus desafetos. Em junho de 1215, às margens do Rio Tâmisa, na localidade de Runnymede, os barões fizeram com que João selasse a Magna Carta. Assim, o Rei foi forçado a abrir mão de parcela de seu poder e a submeter-se à lei. Agora, conforme o acordo pactuado, até mesmo o rei estaria sob o império das leis.
Curiosamente, escrita originariamente em latim, a Magna Carta não surtiu efeitos imediatos. O documento teve sucessivas reedições com poucas mudanças textuais e foi traduzido inicialmente para o francês e, posteriormente, para o inglês. As ideias inseridas no acordo entre o monarca e os barões foram fundamentais para a consolidação do sistema jurídico inglês (Common Law). Parte das disposições da Carta integra atualmente a consuetudinária Constituição da Inglaterra. Essas disposições pavimentaram o caminho para que o império da lei (rule of law) se transformasse no núcleo fundamental da ordem jurídica britânica. Conforme esse princípio, o poder monárquico é limitado, porquanto também está sujeito à lei.1
Margaret Thatcher, quando exercia a função de Primeira-Ministra do Reino Unido, conduziu a economia inglesa ao encontro dos fundamentos da Magna Carta: menos Estado, menos impostos e mais liberdade econômica. Certa vez, rebateu as críticas dos intervencionistas e igualitaristas dizendo que eles, na verdade, não se importam com que os pobres fiquem mais pobres. O empobrecimento dos mais pobres é o efeito colateral das políticas assistencialistas, promovidas em nome da redução das desigualdades. Na realidade, ao se promover o empobrecimento dos mais ricos, os pobres ficam mais pobres. Nesse sentido, é certo que mais impostos significa menor crescimento econômico e, por conseguinte, menos empregos. Atualmente, o Primeiro-Ministro do Reino Unido, David Cameron, demonstrou apreço pela mesma linha, verdadeiramente liberal, consistente em menos Estado, menos impostos, mais liberdade e mais empregos.2
No período colonial americano havia um problema semelhante ao enfrentado pelos súditos do Rei João. Os colonos eram explorados com a cobrança abusiva de impostos, incluindo a excessiva taxação do chá. Essa questão foi o pomo da discórdia entre a colônia e a metrópole. Nesse contexto, Thomas Jefferson e demais Pais Fundadores foram influenciados pela premente ideia da limitação do poder do Estado, inscrita na surpreendente Magna Carta. Assim, sob a influência do Direito inglês, os americanos construíram uma nação livre e próspera. Com os fundamentos da livre-iniciativa, da liberdade e da justiça para todos, os Estados Unidos experimentaram o maior nível de desenvolvimento econômico e social da história universal. Atualmente, porém, esse legado dos Pais Fundadores está sendo gradativamente olvidado, senão destruído. Como observa Ben Carson, os Estados Unidos ainda encontram-se no topo do mundo, mas estão em declínio.3
Atualmente, os Estados Unidos estão andando na contramão dos princípios da Magna Carta ou mesmo de sua Declaração de Independência. Gradativamente, os “liberais”, no sentido pervertido do termo, estão substituindo o império do Direito (rule of law), pelo igualitarismo (rule of leveler egalitarianism), apenas como pretexto para aumentar o tamanho do Estado, concentrar o poder nas mãos do Executivo e retirar mais impostos das camadas produtivas da sociedade. Ao mesmo tempo em que os conflitos raciais são sensivelmente fomentados e a Polícia é demonizada, instigam-se as minorias ao desejo de um Estado paternalista que suposta ou ilusoriamente seria capaz de cuidar deles.4 Além disso, segundo o médico e pré-candidato a Presidente, Ben Carson, o programa de saúde conhecido como Obamacare é injusto. Com esse programa, os americanos passaram a gastar duas vezes com saúde para receber em contrapartida um atendimento ainda mais precário. Ademais, o Obamacare é desastroso para e economia. É lamentável como os americanos estão olvidando as suas raízes culturais que os levaram ao topo do mundo.
Na América Latina, Nicolás Maduro, na esteira do Rei João, também é adepto da cobrança excessiva de impostos. Com o mesmo estilo tirânico de governar, Maduro também prende arbitrária e injustamente os seus adversários políticos. Segundo a ativista de direitos humanos, Lillian Tintori, há 98 presos políticos na Venezuela. No ano de 2014, ocorreram 3.414 prisões arbitrárias e 200 casos de tortura. As prisões são invariavelmente ilegais, sem acusação formal, ampla defesa e o devido processo legal. Por isso, “não há democracia no meu país,” afirma Tintori. O populismo bolivariano levou o país à crise econômica e ao desabastecimento. A população tem dificuldade para encontrar os bens de consumo mais essenciais, como produtos de higiene e alimentação básica. Inúmeros estudantes foram assassinados pelo regime bolivariano durante manifestações pacíficas. Ademais, não há liberdade de expressão. Os meios de comunicação são controlados. Chaves estatizou 240 emissoras de rádio. Diversas emissoras de televisão foram fechadas.
Lillian Tintori visitou o Brasil no mês de junho, na esperança de que a nossa Chefe de Estado adotasse postura mais ativa na libertação dos presos políticos venezuelanos, incluindo o seu próprio marido, o oposicionista Leopoldo López, que se encontra encarcerado há mais de um ano. A Presidência da República brasileira, contudo, não mudou o tom ameno com que vem conduzindo a questão. Por enquanto, a Presidente não saiu verdadeiramente em defesa dessas vítimas de graves violações dos direitos humanos, como seria esperado e, até mesmo, preconizado pela Constituição brasileira. Conforme a Constituição de 1988, o Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da prevalência dos direitos humanos. Esse princípio tem primazia. Está acima do princípio da não-intervenção. Assim, o silêncio ou a tolerância em relação aos abusos de direitos humanos na Venezuela são injustificáveis.
Hoje, o Brasil encontra-se mergulhado em severa crise econômica e política. Há anos vem caminhando no sentido contrário dos fundamentos verdadeiramente liberais e conservadores da Magna Carta. Além disso, o Governo brasileiro parece seguir à risca a receita leninista da aceleração dos gastos públicos e o gradativo aumento de impostos, preconizado por Marx e Engels. Assim, os gastos excessivos, a falta de investimentos em infraestrutura, a falta de planejamento e a corrupção sistêmica levaram o País ao retorno da inflação e à recessão econômica. O aumento dos impostos e a redução dos direitos dos trabalhadores fazem parte do ajuste fiscal. Quem pagará a conta da ineficiência e da gastança governamental será, mais uma vez, o contribuinte. A lógica aqui é outra: mais gastos, mais impostos, mais governo, mais controle e maior intervenção estatal na vida privada do cidadão. De acordo com essa lógica, não interessa cortar gastos públicos, nem diminuir o número excessivo e desnecessário de Ministérios.
Infelizmente, a maior parte das nações ocidentais parece ter tomado o rumo do igualitarismo, que produz pobreza, mas, por outro lado, aumenta o tamanho do Estado e o poder dos governantes. O modelo do Estado grande e forte é para os políticos populistas como o canto da sereia, que os conduz ao abismo econômico. A Grécia exemplifica o fim desastroso dessa política da gastança sem limites. Como alguém tem que pagar a conta, sempre, o calote grego será suportado com os impostos pagos por contribuintes da União Europeia; franceses, alemães, espanhóis etc.
Essa guinada à esquerda dos países ocidentais, ao arrepio dos princípios da Magna Carta, do Common Law e da cultura ocidental, é sedutora tanto para os políticos quanto para as massas de manobra. É igualmente sedutora para os empresários corruptos. Ao invés de se promover a livre-iniciativa, adota-se uma política protecionista e de reserva de mercado para os amigos do “rei”. Enquanto isso, as massas de manobra são iludidas com o mito do Estado do Bem-Estar Social, que nada faz senão aumentar o nível de pobreza, impostos e dependência em relação ao governo. Ora, assim, os políticos maquiavélicos a todo o momento se beneficiam dos votos cativos das massas de manobra iludidas com o assistencialismo. O conluio com os empresários corrompidos para assaltar os “cofres públicos” também é altamente útil aos maus políticos. Cumpre esclarecer que não há dinheiro público e sim dinheiro do contribuinte, que o governo gasta da maneira mais pródiga possível. Tudo isso é feito perversamente em nome dos direitos humanos e da justiça social.
A realidade mundial é mais assustadora que a literatura. É muito mais perturbadora que a distopia de Aldous Huxley5 ou a ficção de George Orwell. Ao rejeitar os valores e princípios de documentos como a Magna Carta ou a Declaração de Independência dos Estados Unidos de 1776, abrem-se as portas para o totalitarismo, a opressão e a violações das liberdades individuais.
O espírito libertário da Magna Carta de 1215 é a essência dos direitos humanos fundamentais. Não há plena liberdade humana sem a limitação do poder. Esse legado da cultura jurídica ocidental é o mais importante antídoto contra a tirania e o abuso governamental.

ALDIR GUEDES SORIANO é Advogado. Possui dupla nacionalidade originária, sendo cidadão brasileiro e espanhol. Membro do International Consortium for Law and Religion Studies (ICLARS) e do Consorcio Latinoamericano de Libertad Religiosa. Pós-Graduado em Direito Público pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e em Direito Constitucional pela Universidade de Salamanca (Espanha). Possui diversas obras publicadas sobre direitos humanos e liberdade religiosa. Participou de diversos congressos e simpósios internacionais no Brasil, Estados Unidos, África do Sul, Argentina, Peru, Chile e Alemanha.

NOTAS
1 Como observa Russell Kirk, o Direito hebreu e a moral cristã são reconhecidos como parte do Direito britânico – Common Law. Essas duas fontes foram mais influentes para esse sistema jurídico que o Direito romano. Também é interessante notar que a Carta de Direitos da Constituição americana, Bill of Rights, constitui uma reafirmação dos princípios do Common Law. Além disso, em sua origem, a liberdade individual americana deve mais ao Common Law do que a qualquer outra fonte (The roots of american order, p. 187).
2 Conforme noticiado pelo The Guardian, “David Cameron promises to cut taxes”.
3 USA “is still the pinnacle nation in the world. It is not the first pinnacle nation to face a decline” (CARSON, Ben. America the beautiful, p. 7).
4 Como afirmou Joe Walsh, em seu programa radiofônico, na cidade de Chicago, no mês de junho de 2015, AM 560 The Answer, as minorias não votam nos republicanos porque querem um Estado grande, que cuide deles. Democratas garantem milhares de votos cativos, apenas na promessa do Estado do Bem-Estar Social.
5 A esse propósito, vide o nosso artigo Admirável mundo novo e a crise constitucional dos direitos humanos: da ficção à realidade. In: Crise constitucional: espécies, perspectivas e mecanismos de superação. LAZARI, Rafael de; BERNARDI, Renato. (Orgs.). Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2015.


“O espírito libertário da Magna Carta de 1215 é a essência dos direitos humanos fundamentais. Não há plena liberdade humana sem a limitação do poder. Esse legado da cultura jurídica ocidental é o mais importante antídoto contra a tirania e o abuso governamental.”

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Artigo publicado na revista jurídica Consulex de janeiro de 2015: Tensão entre ideologia política e direitos humanos

                                            Tensão entre ideologia política e direitos humanos
Por Aldir Guedes Soriano

Após 70 anos de existência, o valor das Nações Unidas - ONU como marco civilizatório anda subsiste. Não se pode negar a benfazeja influência da Carta das Nações Unidas de 1945 na inspiração da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e na subsequente positivação desses mesmos direitos fundamentais nos tratados internacionais e, também, nas constituições estatais.  Assim, sob as mesmas influências dos discursos liberal e social, que nortearam a Declaração Universal, a Constituição brasileira de 1988 assegura, hoje, direitos civis, políticos, econômicos culturais e sociais.  Por outro lado, é de se lamentar que a ONU não foi capaz de evitar as gravíssimas e sistemáticas violações de direitos humanos no período pós-guerra, assim como o avanço das atividades terroristas e principalmente os genocídios que ocorreram na China e na União Soviética. Ainda nos dias de hoje seres humanos são perseguidos e degolados como animais por fanáticos do Estado Islâmico, que pretendem estabelecer um califado hegemônico e universal. A propósito disso, o presente artigo analisa suscintamente a vulnerabilidade dos direitos humanos em face do poder político de pretensões totalitárias.

Apesar da proclamada era dos direitos inaugurada pela ONU, o ser humano permanece na sua condição de vulnerabilidade em face dos grandes interesses e pretensões ideológicas e políticas. Os direitos humanos “de primeira geração”[1] concorrem diretamente com o poder do Estado, pois são direitos que dependem da omissão estatal para que possam ser exercidos. A inversão disso, ou seja, a intromissão do poder estatal determina a redução desses direitos. Assim, é notória a redução da autonomia individual à medida que se promove o aumento do poder estatal e a estatização do espaço privado.  

Filósofos influentes, como Rousseau, Hegel e Marx, ao tentar lançar as bases da liberdade humana, acabaram por pavimentar o caminho do estabelecimento da tirania, da opressão e do totalitarismo.  As consequências disso na América Latina foram por um lado o desenvolvimento do virulento populismo bolivariano e de outro lado a cristalização da crença popular de que o governo ou o Estado são entes provedores de todas as necessidades humanas. Assim, o povo sul-americano é tratado como gado. Aviltado em sua dignidade é vítima do discurso eleitoreiro que promete o bem-estar social para todos.  Assim, gradativamente a população acaba por consentir que o Estado se intrometa nos assuntos privados com o alento ilusório das políticas de transferência de renda como o “Bolsa Família”.  A realidade é que as tais políticas de transferência de renda, como se verificou na Venezuela, produzem pobreza. Isso é perversamente desejável do ponto de vista populista, pois assim é possível justificar mais intervenção estatal, mais controle dos meios de produção e, enfim, mais impostos para alimentar o assistencialismo demagógico. Essa lógica maquiavélica instala o ciclo de pobreza e de intervenção estatal.

Nas origens ideológicas do populismo latino-americano na versão bolivariana e de inspiração cubana não há nenhum apreço para com os direitos humanos nem com o alardeado bem-estar social. Como revela o cubano exilado no Brasil, Carlos Moore, os negros foram brutalmente perseguidos pela ditadura de Fidel Castro. Após a revolução, o candomblé foi banido e os pais de santo foram encarcerados em gigantescos Campos de Concentração, nos quais alguns deles foram fuzilados. Ademais, o homossexualismo é proibido em Cuba. Além de violar a liberdade de expressão fechando jornais independentes, a Venezuela foi acusada pela ONU pela prática de tortura e maus-tratos de 3.000 opositores ao regime ditatorial de Nicolás Maduro, que foram presos em manifestações desde o início do ano.

O único compromisso notório do populismo latino-americano é com o poder, que deve ser cada vez mais centralizado no executivo. Os poderes legislativo e judiciário se tornam totalmente subservientes à vontade do executivo. Além disso, controle social da mídia blinda o sistema opressor. 

As raízes do fenômeno estatizante são complexas e merecem estudos mais aprofundados, contudo não há dúvidas de que filósofos influentes moldaram tanto a política mundial quanto as crenças populares no sentido da sacralização do Estado. Nessa linha de raciocínio o Estado passou a ser o depositário de todas as virtudes morais e o agente idôneo da intervenção e da regulamentação da economia, da família, da propriedade, da religião e até mesmo na vida privada do cidadão.  Alias, são essas as principais áreas em que se encontram os poderes concorrentes do poder estatal, nas quais o indivíduo pode exercer legítima autonomia para pensar e agir.

 Instalou-se no Brasil e no mundo uma crise dos direitos humanos traduzida na estatização da dimensão da vida privada. As possibilidades de livre atuação tanto de indivíduo quanto de associações privadas são sensivelmente e gradativamente reduzidas. Não são gratuitos os ataques aos principais poderes que concorrem com o poder do Estado no âmbito da família, da propriedade privada e da religião.  O objetivo é a concentração do poder. Os direitos humanos são utilizados como pretextos para atacar principalmente as liberdades individuais.  As pretensões do populismo bolivariano vêm de encontro com os direitos consagrados pela Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948.[2]

Notas:




[1] O sistema geracional dos direitos humanos é criticado pela doutrina, contudo a denominda primeira geração de direitos corresponde aos direitos civis e politicos. Conforme acentua Carlos Weis, não há uma sucessão de direitos, erroneamente induzida pela idéia de gerações de direitos. Destarte, os direitos mais recentes não suscederam os mais antigos. Os direitos de segunda geração - sociais,  econômicos e culturais - não são superiores aos direitos individuais. Os direitos de segunda geração não poderiam ser utilizados como pretexto para a violação de direitos individuais.
[2] De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, “ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade, “ninguém será sujeito a interferência na sua vida privada, na sua família e no seu lar e “todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião”.

domingo, fevereiro 01, 2015

Notícia: Brasil ganha Observatório da Liberdade Religiosa

Brasília, DF… [ASN] Como vem ocorrendo em vários países como França, Itália e Portugal, o Brasil agora dispõe de um Observatório da Liberdade Religiosa (OLIR). A entidade surge da necessidade de dados para facilitar e incentivar a produção científica de profissionais das diversas áreas que desejem produzir conhecimento a respeito desse direito.

O Observatório, com sede em Brasília, é lançado sem fins lucrativos nem subordinação a organizações religiosas ou partidos políticos. “Por ser independente, teremos condições de fazer uma análise isenta”, garante Bernardo Pablo Sukiennik, presidente do OLIR.

A entidade vem também para questionar o imaginário popular, no qual o povo brasileiro relaciona-se com respeito e tolerância à diversidade. Nos próximos anos, o Supremo Tribunal Federal deverá decidir questões importantes sobre Liberdade Religiosa. O resultado dessas demandas poderá restringir conquistas históricas.

Os fundadores destacam que o OLIR não promoverá o diálogo inter-religioso, ecumênico ou discussões sobre rituais, tradições e práticas religiosas, mas visa se tornar um instrumento para que o Poder Público e a sociedade civil organizada possam criar políticas efetivas de promoção da laicidade e combate à intolerância. Veja mais detalhes na entrevista com Bernardo Pablo Sukiennik, presidente da entidade e vice-presidente da Comissão da Liberdade Religiosa da OAB/DF.




Fonte: Agência Adventista Sul-americana de Notícias